Hipermobilidade, Síndrome de Ehlers-Danlos e Dor | O que é Síndrome da Hipermobilidade Articular, Síndrome de Erlers-Danlos Tipo III e Síndrome de Erlers-Danlos Tipo Hipermobilidade?

Síndrome de Ehlers-Danlos hipermóvel (SEDh)


Síndrome de Ehlers-Danlos hipermóvel (SEDh ) é a forma mais comum, dentre os 13 subtipos das SEDs. É um distúrbio hereditário do tecido conjuntivo, autossômico dominante, que afeta a formação do colágeno, a proteina mais abundante no corpo humano e presente na pele, ossos, músculos, tendões, ligamentos, fácias, vasos, dentes, alguns orgãos, etc.

Historicamente a SEDh recebeu várias denominações, que inclui a Síndrome da Hipermobilidade Articular (SHA), Síndrome de Ehlers-Danlos Tipo Hipermobilidade (SED-TH), SED Tipo III (SED III) e por fim como Síndrome de Ehlers-Danlos hipermóvel (SEDh ) pela nova nosologia das Síndromes de Ehlers-Danlos.



Manifestações clínicas associadas a hipermobilidade na SEDh


A SEDh pode ter manifestações sistêmicas da BOCA ao ÂNUS, algumas das quais são benignas, e outras podem ser letais. Sua gestão é obrigatória para evitar morbidade e mortalidade.

A Síndrome de Ehlers-Danlos hipermóvel (SEDh) predispõe a afecções musculoesqueléticas e extraesqueléticas. Há manifestações musculoesqueléticas primárias e várias outras concomitantes, que frequentemente são diagnósticadas por suas manifestações secundárias por desconhecimento dos profissionais de saúde, tais como os distúrbios digestivos, vésico-esfincterianos, respiratórios, otorrinolaringológicos, oftalmológicos, ginecológicos, obstétricos, dentais e cognitivos, dentre outras que são encontradas na prática clinica diária, os quais poderão estar presentes parcialmente e de acordo com os critérios de análise.

As mais frequentes manifestações incluem a fibromialgia, escoliose, pés planos, artrose, luxações (desencaixe) e subluxações articulares, artralgia, tendinite, tenossinovite, fadiga (falta de energia), transtornos psiquiátricos, transtornos de ansiedada e déficit de atenção, hiperatividade, dislexia, depressão, distúrbio do sono, miopia, astgmatismo, dor do crescimento, prolapso de valva mitral, gastrite, doença celíaca, constipação intestinal, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, hipotonia, distonia, cefaleia disfunções proprioceptivas, disautonomia, nevralgia, dentre outras.

Esses pacientes poderão ter prejuízos no desenvolvimento das atividades motoras, no padrão de marcha, na aptidão física e no desempenho escolar.



Tratamento das manifestações da Síndrome de Ehlers-Danlos hipermóvel (SEDh)


É desconhecida a causa e consequentemente a cura da SEDh, porém há como evitar e reabilitar a maioria das manifestações, se corretamente avaliadas e tratadas em cada faixa etária.

A assistência é sempre multiprofissional, dependentemente das manifestações identificadas ou esperadas e seus respectivos encaminhamentos precoces. A identificação da SEDh poderá ser feita por um profissional de saúde experiente, clínica e cientificamente sobre a SEDh, que assumirá a responsabilidade das triagens, riscos e respectivos tratamentos em cada ciclo.

A avaliação e a assistência fisioterapêutica são essenciais e assim reconhecidas pela literatura científica, em função da maioria das afecções ocorrerem nos membros superiores, inferiores e na coluna vertebral.

Há método fisioterapêutico próprio tanto para a avaliação como para o tratamento das consequências das afecções, as quais, em sua maioria, tem tratamento e, por outro lado, a falta de tratamento especializado poderá levar a deformidades, incapacidades e/ou deficiências físicas irreversíveis. Portanto, é necessário que um profissional de saúde com essa experiência faça a gestão do paciente e/ou da família ao longo do tempo, acompanhe a literatura científica que se atualiza constantemente.

O ideal é o tratamento durante a infância até a adolescência, antes que se finalize o Estirão do Crescimento em Estatura, porém em todas as faixas etárias há intervenções para cuidados de ordem física, orgânica e emocional.



Histórico de atualizações da Profa Dra Neuseli Lamari


Há 30 anos com dedicação à Hipermobilidade Articular e à Síndrome de Ehlers-Danlos hipermóvel e recentemente, em 12 meses esteve nos eventos científicos internacionais e nacionais como conferencista e/ou grupos de estudo, sendo duas vezes nos Estados Unidos (Nova York e Washinghton), na França (Paris) e no Chile (Santiago) e promoveu 7 (sete) eventos científicos no Brasil e participou de outros 5 (cinco) eventos científicos como Conferencista e/ou organizadora, juntamente com o fisioterapeuta Mateus Lamari, que em breve defenderá sua tese com a temática Hipermobilidade e Síndrome de Ehlers-Danlos hipermóvel na criança e no adolescente e entrevistas em emissoras de TV. Publicaram diversos artigos científicos, sendo os últimos em 2016 e em 2017.



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